
UNIÃO OPERÁRIA: PROJETO DE RESTAURO APRESENTADO E APROVADO
União Operária tem suporte técnico da Unicruz
para obra de restauro e novas adequações
A Unicruz apresentou aos dirigentes da sociedade União Operária o projeto de revitalização da estrutura física e preservação do patrimônio histórico da área social e do seu prédio centenário – inaugurado em 1914, com localização na avenida Presidente Vargas. O projeto foi mostrado com detalhes através de slides projetados na sala multimídia do campus da universidade, na noite de quinta-feira, dia 04/12.
Dessa forma, todos puderam acompanhar as intervenções e adequações prevista no restauro do prédio principal, marcado por características singulares e forte simbolismo histórico, mais a revitalização do amplo espaço em que está assentada a sede social, em área central da zona urbana. A proposta tem como premissa transformar o local num espaço de convivência, cultura e memória, em especial com a criação do Museu do Trabalhador.
A sociedade recreativa beneficente União Operária esteve representada nesta reunião na Unicruz, pelo seu presidente João Carlos Franco, o vice-presidente Osmar Barbosa, o popular barista “Tiá-tiá-tiá”, a Primeira Secretária Maria Emília Martins, a Segunda Secretária Mariza Franco, o Tesoureiro Jesmar Peixoto, e os membros do Conselho Fiscal Oscar Luiz Barbosa e Joselina Santos da Mota.
A reunião foi conduzida pelas professoras orientadoras Claudia Maria Prudêncio de Mera e Isadora Cadore Whays Virgolin, com a participação dos acadêmicos do mestrado e doutorado: Luana Santos Ribeiro, Ricardo Medeiros de Moraes, Denice Souza Andrade, Claudio Everaldo dos Santos, Daniela Ivana Aimi e Vani Wruch Leitzke. O desenvolvimento do projeto se deu através da Disciplina Desenvolvimento Regional, Sustentabilidade e Trabalho.
RESTAURO DE UM PRÉDIO DE 111 ANOS –
A iniciativa de restauro e revitalização da sede da União Operária, foi motivada a partir de um diagnóstico de deterioração do imóvel, inclusive com desabamento de parte da estrutura do telhado. Uma situação que ameaça seu acervo documental e a sua própria existência como patrimônio físico e simbólico – uma instituição que há mais de um século, ou seja, exatos 111 anos, tem uma trajetória de relevância social, cidadania e defesa da categoria operária.
Tudo isso se transformou num objeto de intervenção pelos alunos do PPG – Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social da Unicruz, que se empenharam em restaurar os problemas estruturais do prédio e trouxeram como sugestão transformar a grande área adjacente com mais de 650 m², num espaço de convivência – com estacionamento, pavilhão coberto e cancha de bocha anexa.
O projeto arquitetônico considera que o espaço onde hoje existe um bar (atrás do prédio histórico) deve ser melhor dimensionado. A ideia de revitalização passa pela construção de um novo ambiente – um salão de eventos com área de 143m², local que seria utilizado para entretenimento, atividades festivas e culturais. Tanto para o quadro social e seus dependentes, como locação para particulares, capaz de agregar um determinado retorno financeiro para manutenção e investimento na própria instituição social.
Ao lado do prédio e do salão de eventos, o projeto traz a partir dos fundos do terreno, a construção de uma cancha de bocha – contemplando esse esporte tradicional da comunidade societária. Depois vem um pavilhão multiuso, com estrutura metálica e telhados projetados como meia-água, abertos lateralmente e com a distribuição linear de mesas e cadeiras em estilo boulevard – para uma experiência envolvendo jogos animados, shows musicais ao ar livre ou mesmo com foco na gastronomia. O estacionamento oferecerá cinco vagas, próximas ao passeio público e com fácil acesso à via pública.
PROJETO APROVADO –
A apresentação do projeto, nesta fase, mostrou aos dirigentes da União Operária o diagnóstico e o plano de intervenção arquitetônica e estrutural, deixando em aberto a possibilidade deles sugerirem alterações. Como não houve de parte da diretoria nenhuma mudança, o grupo técnico da Unicruz agora vai se empenhar em fechar o orçamento e mostrar qual a necessidade de investimento na execução das obras. Essa definição sai em pelo menos duas semanas, ou no mais tardar, no início de janeiro depois do recesso do calendário acadêmico.
O projeto em relação a dotação orçamentária, também aponta algumas ações que poderiam ser tomadas pela diretoria. Atualmente com 403 associados, a União Operária poderia aumentar o número de sócios em 30%. Uma campanha de regularização da inadimplência do cemitério, por exemplo, também agregaria valor, assim como a venda de lotes para jazigos. Entre outras múltiplas fontes de arrecadação foi sugerida a participação em editais de incentivo à Cultura (Lei Rouanet, Aldir Blanc, Paulo Gustavo e outras), emendas parlamentares, parcerias público-privadas, doações, campanhas comunitárias e apoio do empresariado local.
O presidente da União Operária João Carlos Franco agradeceu em nome da entidade a elaboração do projeto pelo grupo técnico da Unicruz. “Este trabalho nos permite sonhar com tudo o que desejamos para resgatar a história da União Operária e oferecer um ambiente de convivência com atrativos para o quadro associativo e seus dependentes”, declarou Franco. A busca pelas fontes de financiamento das obras e adequações previstas, segundo os dirigentes da União Operária, será o maior desafio a partir de agora. Segundo o tesoureiro Jesmar Peixoto, a diretoria está motivada em captar os recursos necessários para isso.
