Tratamento a cavalo
Centro de Equoterapia da Unicruz muda de local e dá início às atividades no ano.
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O uso de animais para o tratamento de pessoas com necessidades especiais vem sendo praticado pela Unicruz desde 2011, quando foi criado o projeto de extensão Centro de Equoterapia: um espaço de inclusão social. A iniciativa busca oferecer uma alternativa para o desenvolvimento biopsicossocial de pacientes que se adaptem a esse tipo de terapia. Quatro cursos (Educação Física, Fisioterapia, Medicina Veterinária e Pedagogia) e dois setores institucionais (Núcleo de Apoio ao Estudante e Professor e Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Unicruz) unem esforços para disponibilizar o serviço à comunidade regional. A novidade fica por conta da transferência do Centro de Equoterapia: antes situado na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas (Easa), foi instalado neste ano ao lado do Hospital Veterinário. Nesta terça-feira (27) foram atendidos os primeiros pacientes do ano.
Acompanhados por membros da equipe da Unicruz (são mais de 20 envolvidos, entre profissionais, docentes, bolsistas e voluntários), os pacientes cumprem tarefas enquanto percorrem a cavalo a pista de hipismo adaptado, desde superar pequenos obstáculos até arremessar bolas em alvos. “O movimento do cavalo mobiliza a coluna e os membros do condutor, fazendo o trabalho de relaxamento ou fortalecimento muscular, dependendo da necessidade. Quando otimizamos atividades físicas com inserções lúdicas, trabalhamos também questões cognitivas, de concentração, percepções etc. A equoterapia tem se demonstrado um tratamento com resultados rápidos”, explica a professora do curso de Fisioterapia, Lia Dias da Costa.
Matheus Dornelles, de 11 anos, nasceu com hipomelanose de Ito, uma síndrome neurocutânea rara, e participa da equoterapia desde sua primeira edição. A mãe, Sandra, conta que percebeu mudanças positivas em vários aspectos. “A equoterapia é uma benção porque deu um retorno físico, emocional e psicológico muito grande para o Matheus e para a toda a nossa família. Ele está muito mais ativo agora”.
Além de Matheus, outras 17 pessoas são atendidas atualmente. Para aderir à terapia equestre, é necessária recomendação médica. Somente depois da liberação, a família do paciente poderá entrar em contato com a Unicruz para solicitar o tratamento. Regularmente, os profissionais avaliam os assistidos para verificar se as dez sessões previstas são suficientes para a reabilitação.