AS CORUJAS-BURAQUEIRAS DO CAMPUS

AS CORUJAS-BURAQUEIRAS DO CAMPUS

PRIMEIRO AVISTAMENTO DO CASAL É DE OITO ANOS ATRÁS

 

Um ninho em forma de túnel vem sendo utilizado por um casal de corujas-buraqueiras, num canteiro localizado na entrada do campus da Unicruz. O avistamento das aves vem de mais de oito anos, segundo a bióloga Andréa Pereira, professora do Curso de Veterinária, na disciplina de Medicina de Animais Silvestres. Esta semana elas estavam bastante agitadas devido ao barulho das máquinas automotrizes que estavam colhendo trigo numa lavoura próxima do ninho.

O comportamento das corujas-buraqueiras, segundo a bióloga da Unicruz, é diurno e crepuscular, ou seja, com atividades mais intensas durante o dia e final da tarde. Quem tem hábitos noturnos é outra espécie que também já foi avistada no campus – a coruja de torre. De acordo com Andréa Pereira, essa chama a atenção pelo tamanho, por ser capaz de atingir um metro de altura. A coruja de torre faz ninhos em áreas altas e deixa o pessoal do campus sempre em alerta, evitando sua penetração nas “capelas” – que são aqueles canos externos dos laboratórios.

As corujinhas-buraqueiras tem algumas peculiaridades, como o extremo cuidado parental com os filhotes. De acordo com a bióloga, até eles não adquirirem autonomia para deixar o ninho, o casal está sempre muito próximo. Uma das táticas de sobrevivência dos filhotes é espantar os predadores que resolverem entrar no túnel onde eles se abrigam, imitando o guizo da cascavel. De nome científico Aphene cunicularia, os espécimes maiores da corujinha-buraqueira atingem cerca de 300 gramas. A fêmea tem como característica as penas e a penugem mais escura e, o macho, mais clara. Os túneis que elas usam como proteção podem alcançar cerca de um metro e meio de profundidade.