Precisão no manejo

Precisão no manejo

Pesquisador da Universidade de Nebraska apresenta modelo de aperfeiçoamento na produção agrícola.

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Clima, solo e genética são alguns dos fatores cruciais para garantir ou não uma safra de qualidade. As tecnologias atuais permitem que essas condições sejam analisadas para melhor aproveitamento da propriedade rural. Um desses recursos foi apresentado na Universidade de Cruz Alta por um convidado internacional. Peruano, Guillermo Baigorria é professor da Universidade de Nebraska – EUA e, a convite da coordenação da Área Experimental, ministrou uma palestra na noite de hoje (31).

Baigorria e a empresa Next Season Systems LLC desenvolveram uma ferramenta virtual que converte modelos de condições climáticas, de solo e de manejo. A tecnologia auxilia produtores norte-americanos a reduzirem riscos e aperfeiçoarem a produção utilizando sistemas de irrigação e fertilização de maneira mais precisa. Prever datas e situações ideais para o plantio também é possível. Todas essas informações são repassadas ao responsável pela propriedade rural, que apenas tem o trabalho de acatar ou não as sugestões personalizadas pelo conjunto de softwares. “Nos comunicamos a cada três a cinco dias com o agricultor por telefone ou e-mail para dizermos o melhor que pode ser feito e ele toma a sua decisão, se quer ser melhor”, explica o pesquisador.

A ideia está sendo implementada no Brasil por uma empresa gaúcha. Situada em Santa Maria, a AgexTec aderiu ao modelo quando o seu diretor de operações, Cesar Augusto Fensterseifer, realizou doutorado sanduíche na Universidade de Nebraska, acompanhando o professor Baigorria. Cesar intermediou a vinda do pesquisador à Unicruz e também participou do evento. “A modelagem agrícola é um passo-a-passo que estamos fazendo. Pequenos ajustes podem trazer uma soma significativa para a produtividade no campo”, avalia.

Para o coordenador da Área Experimental da Unicruz, a presença de Baigorria foi uma ótima experiência para a comunidade acadêmica, que lotou o Salão Nobre. “É uma oportunidade de vermos uma visão de fora, especialmente de uma pessoa que é referência em modelagem de desenvolvimento de plantas. É uma situação que vem para ficar. Permite o conhecermos melhor a planta e as variáveis ambientais para tentar estabelecer e prever safras, produtividade e assim por diante”, observa o professor Mauricio Pasini.