Curso de Medicina
Nota pública critica critérios do edital para novos cursos no país
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Cinco entidades representativas de Instituições de Ensino Superior emitiram, no dia 16 de outubro, uma Nota Pública sobre o Edital MEC nº 1/2023 para Autorização de 95 novos cursos de graduação em Medicina no país.
O documento é assinado pelo Presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas – Comung, do qual a Unicruz é membro, Presidente da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior – Abruc, Presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais – Acafe, Presidente da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil – Anec, e pelo Presidente da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas – ABIEE.
A argumentação enfatiza a necessidade urgente de se estabelecer um diálogo com os Ministérios da Educação e da Saúde. Para que isso ocorra, se faz necessário que a administração pública dê conhecimento geral de diversos documentos e informações que subsidiaram o edital do Mec para que o mesmo passe por análise dos dados. As entidades signatárias do documento apontam que o edital apresenta problemas seríssimos de integração à política pública de saúde, ao atendimento de Estados com carências e opta por uma fórmula que privilegia os conglomerados empresariais em detrimento dos interesses nacionais.
Os representantes das entidades também solicitam a análise, por parte dos órgãos públicos competentes, no que se refere à falta de acesso aos dados e estudos que estruturaram as escolhas das regiões de saúde a serem beneficiadas com os novos cursos de medicina no país.
Outra crítica ao certame diz respeito ao mapa de distribuição de médicos apresentados, além da ausência de estudos estatísticos que demonstrem que os cursos aprovados via editais são mais eficientes ou fixam médicos em locais interiorizados.
Para o reitor da Unicruz, Fábio Dal-Soto, “a Unicruz endossa a nota pública emitida pelas cinco entidades representativas de Instituições de Ensino Superior e a assina indiretamente, tendo em vista que é uma das 14 instituições que formam o Comung. Da forma como está posto, o edital é tendencioso para os grandes grupos educacionais em alguns de seus critérios. Além disso, no âmbito do RS, há a previsão de 4 novos cursos, porém a regional da saúde de Cruz Alta sequer está habilitada no edital, ao passo que outras regionais que já possuem curso de medicina estão habilitadas para o recebimento de novas propostas”.
Acesse a nota pública na integra clicando aqui.