Conhecimento para além da sala de aula
Projeto do Curso de Fisioterapia avalia a saúde física de trabalhadores de supermercados na pandemia
Tendo em vista que o ambiente de trabalho de um supermercado envolve atividades que trazem elevados riscos ergonômicos decorrentes de inúmeros fatores, tais como postura incorreta, trabalho físico pesado, trabalho repetitivo, é muito importante olhar para a saúde do trabalhador, especialmente daqueles que não pararam na pandemia.
Desta forma, a fim de trazer soluções para esses profissionais, o projeto “Caracterização da força de preensão manual dos trabalhadores em rede de supermercados” do Curso de Fisioterapia, coordenado pela docente Themis Goretti de Carvalho, foi realizado em dois supermercados de Tupanciretã.
A pesquisa, de caráter observacional, de perfil populacional, avaliou a Força de Preensão Manual isométrica máxima, dados antropométricos e bioimpedância, em 76 trabalhadores, determinando a capacidade do trabalhador de força da mão e habilidades para realizar atividades diárias, dando atenção à saúde e integridade física, segurança e melhorias no ambiente de trabalho.
Os resultados serão, posteriormente, entregues aos trabalhadores em Oficinas de Educação em Saúde, buscando qualificar e trazer benefícios físicos e emocionais à saúde do trabalhador.
A coordenadora, Professora Themis Goretti de Carvalho, socializa a sua experiência na atividade: “foi uma proveitosa e feliz semana de coleta dos dados em nosso projeto PIBITI. Trabalhamos de 10 a 15 de agosto. Inicialmente, tivemos uma capacitação para entrar em campo e fazer as coletas com toda a segurança, que foi realizada pela enfermeira Isabel Prestes – enfermeira coordenadora da Vigilância em Saúde de Tupanciretã. Depois fomos ao trabalho em 2 supermercados da cidade”.
O Pró-reitor de Graduação Professor Régis Deuschle ressalta o diferencial de estudar numa universidade presencial, que, apesar de estar atuando remotamente em virtude da pandemia, mantém os projetos e vivências práticas, seguindo os protocolos oficiais: “Estas ações demonstram todo o potencial da universidade em se adaptar a qualquer circunstância e continuar atendendo as demandas da comunidade sem interrupção, apoiando-a continuamente através de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. A formação do profissional fica muito qualificada nessa interação professor-estudante-comunidade, pois há processos de ensino-aprendizagem para os quais a tecnologia tem suas limitações e não substitui a interação humana presencial, especialmente nesses casos.”
Participaram da coleta 4 alunos do curso de Fisioterapia da UNICRUZ – bolsistas do projeto, Lúcia Gabriela Chaves Calai, Karol Moro, Camila Alves e Karoline Ferreira Fialho; uma aluna egressa do curso de Fisioterapia da UNICRUZ, hoje mestranda na UFSM – Milene Almeida Ribas; um professor da UDESC Dr. Noé Gomes Borges Jr. e a coordenadora do Projeto, professora do CCSA da UNICRUZ.