Acima de tudo, humanos

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No Dia de Luta Contra a Homofobia, seminário na Unicruz debate questões LGBT.

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Em 17 de maio é celebrado o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia. Em um país onde uma pessoa é assassinada a cada 25 horas vítima de discriminação sexual*, a data é uma oportunidade para levantar debates sobre reconhecimento e identidade de gênero. A Universidade de Cruz Alta fez a sua parte e realizou um encontro com presença de representantes das comunidades acadêmica e LGBT.

A roda de conversa no Laboratório 3 do CCHS teve momentos de contextualização histórica da questão de gênero, reflexões sobre a aceitação da diversidade sexual na sociedade e relatos de experiências. “Todas as questões que dizem respeito a identidade nos interessa. É uma prática social e temos que trabalhar efetivamente para que isso possa existir em um sentido de harmonia, de convivência“, comenta a professora do Mestrado em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social, Elizabeth Dorneles. O curso stricto sensu da Unicruz foi um dos proponentes da atividade, conjuntamente com a Graduação em Direito e o Núcleo de Ação em Pró-Direitos Humanos.

Nicolle Moura é a primeira transexual a assumir um cargo público em Cruz Alta. Atualmente, dirige a Secretaria Municipal de Políticas LGBT e contribuiu com a discussão contando um pouco de sua trajetória. “O começo foi muito complicado, porque eu não sabia o que queria ser. O preconceito começou na época da escola e aconteceu também na minha família. Tive que sair de casa para assumir minha homossexualidade. A gente está lutando para que o público LGBT tenha opção de trabalho, porque hoje travesti só tem uma: a prostituição”, relatou Nicolle.

Para a coordenadora do NAPDH/Unicruz, professora Ângela Keitel, foi uma oportunidade para desconstruir preconceitos. “Pretendemos que os alunos tenham um conhecimento maior sobre a questão LGBT. Todos somos pessoas e temos o dever de respeitar todo mundo”.

* Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB).